A adolescente estava na casa de uma amiga em Rio Bonito do Iguaçu, no Centro-Sul do estado, quando foi arrastada pelas fortes rajadas de vento, segundo familiares.
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Ferida, ela foi levada ao Hospital São José, em Laranjeiras do Sul, cidade a cerca de 18 quilômetros de distância. Não há informações sobre quem realizou o socorro. Em entrevista à RPC, afiliada da TV Globo, a mãe de Julia contou que a família passou a noite sem notícias da filha e recebeu a informação de que ela estava internada apenas às 6h20 de sábado (8).
“A princípio, o que a gente soube é que ela foi jogada, foi arrastada. Ela chegou aqui em um grau muito difícil... um grau quatro de sobrevivência. Ela está muito machucada”, relatou a mãe. A família contou que Julia seria crismada no sábado e que um churrasco estava sendo preparado para comemorar a data.
De acordo com a Defesa Civil, cinco das seis vítimas do tornado são de Rio Bonito do Iguaçu — dois homens de 49 e 83 anos, uma mulher de 47 e Julia, de 14. A sexta morte foi registrada em Guarapuava, onde um homem de 53 anos foi soterrado. Mais de 600 pessoas ficaram feridas.
O tornado, classificado como EF3, veio acompanhado de vento forte, granizo e chuva intensa. A Defesa Civil estima que cerca de 90% da cidade de Rio Bonito do Iguaçu foi destruída, com destelhamentos e colapso de várias estruturas.
O município, que tem cerca de 14 mil habitantes, ficou sem energia em mais de 3 mil imóveis, e o fornecimento de água também foi afetado. Um hospital de campanha foi montado para atender os feridos.
Segundo o coronel Jonas Emmanuel Benghi Pinto, do Corpo de Bombeiros do Paraná, as equipes encontraram “um cenário de guerra” e o número de vítimas pode aumentar.
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