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quinta-feira, 7 de julho de 2022

Alta de incêndios não reflete a realidade do governo, diz ministro do Meio Ambiente

 

Para Leite, o foco do governo Bolsonaro em relação à mudança do clima tem que ser em relação à energia renovável.

© Getty Images

(FOLHAPRESS) - O ministro do Meio Ambiente, Joaquim Alvaro Pereira Leite, disse nesta quarta-feira (6) que os dados de maio deste ano sobre incêndios não refletem a realidade do governo. Nesse período, a Amazônia brasileira teve o pior número de queimadas desde 2004, enquanto o cerrado também teve recorde para o mês.

O ministro foi ouvido na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados.

Leite foi questionado por deputados sobre os incêndios no Brasil, com base em reportagens veiculadas pela imprensa. O deputado Leo de Brito (PT-AC) citou texto da Folha de S.Paulo que aponta números piores do ministro em relação ao antecessor, Ricardo Salles.

"Eu vou começar um pouco sobre os dados. Eu acho importante lembrar que mensurar a gestão por um dado do mês de maio de incêndios das reportagens que foram citadas aqui não traz a realidade da ação do governo federal. O governo federal tem sido mais rígido no controle de produtos florestais", disse Leite.

Em seguida, ele elencou ações da pasta para melhorar a estrutura de órgãos de fiscalização, como o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e o ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade). Entre as medidas estão a compra de tratores, caminhonetes, coletes balísticos, contratação de helicópteros.

Para Leite, o foco do governo Bolsonaro em relação à mudança do clima tem que ser em relação à energia renovável. Ele disse que o país é responsável por 2,9% da emissão global de gás de efeito estufa e de cerca de 0,8% do desmatamento.

O deputado Elias Vaz (PSB-GO) chegou a questionar o ministro sobre o orçamento aplicado pela pasta. Segundo dados do Siop (Sistema Integrado de Planejamento do Orçamento), apresentados pelo parlamentar, só houve a liquidação de 15,88% dos recursos destinados ao controle de incêndios de áreas prioritárias em 2022.

Leite, entretanto, não comentou especificamente sobre essa rubrica do orçamento. Ele disse que pode haver uma diferença entre o que foi empenhado e executado.

Como o jornal Folha de S.Paulo mostrou, o perfil mais discreto de Leite conseguiu amenizar o noticiário negativo para o governo nessa área, mas, na prática, o ministro manteve a agenda de desmonte liderada por Bolsonaro.

Nos primeiros seis meses deste ano, a Amazônia teve quase 8.000 focos de incêndio detectados pelos satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. É um aumento de 16% em relação ao mesmo período de 2021, quando Salles ainda era ministro.

Estudos sobre o setor, no entanto, mostram uma piora no quadro em várias frentes. A quantidade de incêndios na Amazônia e no cerrado, por exemplo, está 20% maior neste ano em relação ao mesmo período de 2021, quando Salles ainda era o ministro. A informação é do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).

O desmatamento na Mata Atlântica cresceu ainda mais e atingiu em 2022 nível 66% maior que no ano passado, segundo a ONG SOS Mata Atlântica.

Outro dado negativo diz respeito às áreas com alerta de desmatamento na Amazônia, que bateram recorde em abril, de acordo com o Deter, do Inpe, um programa do órgão que dispara avisos de ocorrências desta natureza e que tem a função de auxiliar ações de fiscalização ambiental. Ao todo, foram derrubados 1.012,5 km² de floresta.

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