A estrela do basquete americano Brittney Griner e o ex-militar Paul Whelan estão detidos na Rússia
© Getty Images |
Para possibilitar a negociação, o governo dos EUA se dispôs a entregar Viktor Bout, um traficante de armas russo preso em território americano. Conhecido como "Mercador da Morte", ele foi detido em Bancoc, na Tailândia, em uma operação da Agência de Repressão às Drogas dos Estados Unidos, em 2008, e extraditado para Nova York em 2010.
Segundo o jornal The New York Times, a proposta teria o aval do presidente dos EUA, Joe Biden, que estaria sob crescente pressão política para libertar os americanos.
"Paul Whelan e Brittney Griner foram detidos injustamente e devem ser autorizados a voltar para casa", disse Blinken, sem dar detalhes sobre a proposta para, segundo ele, não colocar em risco as negociações. O secretário de Estado se limitou a dizer que a oferta é "substancial" e que a Casa Branca está otimista com a concretização do acordo.
Duas vezes medalhista de ouro em Olimpíadas, Griner foi detida em um aeroporto de Moscou em fevereiro ao ser flagrada portando em sua bagagem cartuchos de vaporizadores contendo um derivado de cannabis (maconha) em forma oleosa. Ela admitiu o porte, mas afirmou em audiência que embalou acidentalmente uma pequena quantidade da substância, que disse usar sob a orientação médica para controle de dores.
Já o ex-soldado americano Paul Whelan está detido desde 2018 na Rússia e foi condenado a 16 anos de cadeia. Ex-integrante dos Mariners (os fuzileiros navais dos EUA), ele afirma que estava no país para comparecer a um casamento e que foi surpreendido com a prisão. Além da cidadania americana, ele possui ainda passaportes de Canadá, Irlanda e Reino Unido. O governo russo, por sua vez, alega que o ex-militar foi pego em flagrante com um pendrive que guardava informações confidenciais.
Blinken conversou pela última vez com Lavrov em 15 de fevereiro, nove dias antes da invasão russa ao país vizinho. À época, ele expressou preocupações com a possibilidade de um conflito armado. Desde estão, as relações diplomáticas entre os dois países estão praticamente paralisadas.
O secretário de Estado destacou também que Washington cobrará de Moscou o cumprimento do acordo de exportação de grãos ucranianos, acertado com mediação da ONU e da Turquia. No dia seguinte à assinatura do pacto, a Rússia atacou a cidade portuária de Odessa, gerando dúvidas sobre a viabilidade do trato.
"Esperamos que este acordo permita o rápido embarque de grãos ucranianos no mar Negro e que a Rússia respeite sua promessa de permitir a passagem de navios", disse ele. O acordo pode aliviar crise alimentar que empurrou 47 milhões de pessoas para a "fome aguda", segundo o Programa Alimentar Mundial.
VIA...NOTÍCIAS AO MINUTO
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Os comentários são pessoais, é não representam a opinião deste blog.
Muito obrigado, Infonavweb!