Durante o governo de Joe Biden, muitas foram as viagens que deportaram os colombianos de volta ao seu país de origem
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| ©Pixabay |
Durante o governo de Joe Biden, muitas foram as viagens que deportaram os colombianos de volta ao seu país de origem. Segundo análise do jornal El Tiempo, no entanto, a decisão de barrar os aviões de Trump, dessa vez, parece ser reflexo mais da troca política americana e do fato dos aviões, para além das condições degradantes, serem militares, não civis.
Ainda em 2024, com a liderança de Biden, o governo de Petro também chegou a protestar em casos pontuais quanto às situações a que eram expostos os imigrantes deportados -as queixas, no geral, foram sobre maus-tratos nos abrigos americanos e condições de voos ruins. O governo não chegou, no entanto, ao ponto de recusar recebê-los.
Por um lado, especialistas ouvidos pelo jornal colombiano afirmam se tratar de uma mera questão política já que Petro estaria "protestando e fazendo barulho" somente agora com o governo de Trump.
Por outro, no entanto, analistas argumentam sobre o contexto em que os voos acontecem e a maior precariedade do processo. Segundo eles, a estigmatização e o racismo presentes nos posicionamentos de Trump agregam uma postura antilatinos. Além disso, o fato de terem sido trazidos em aviões militares abriria um precedente inédito e pioraria a situação.
Petro, ao se contrapor à fala de Trump, neste domingo, afirmou que seu governo nunca se recusou a receber imigrantes. Reforçou, no entanto, que a situação era diferente: "Não exija que eu receba deportados dos EUA algemados e em aviões militares. Não somos colônia de ninguém".
Na resposta a Trump, publicada em seu perfil no X, o colombiano escreveu um texto repleto de referências históricas e críticas ao país americano. "Um migrante não é um criminoso e deve ser tratado com a dignidade que um ser humano merece", acrescentou Petro.
Houve uma troca de insultos e ameaças de retaliações econômicas e diplomáticas. Poucas horas após o desentendimento, no entanto, os governos chegaram a um acordo sobre as deportações.
Depois dos governos já terem afirmado que voltariam atrás com as possíveis tarifas -declaradas primeiro por Trump e, em resposta, também por Petro– e que tinham um acordo quanto aos voos de imigrantes, o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, expressou apoio ao colombiano dizendo que Petro "pode contar com a experiência e a força do povo venezuelano".
Em uma publicação em seu canal no Telegram, Maduro afirmou: "Estaremos sempre juntos, Colômbia e Venezuela, em paz e diálogo profundo". Segundo o ditador, a América Latina e o Caribe devem consolidar sua independência e construir a prosperidade de seus povos.
Em seu texto inicial, Petro já havia dito a Trump: "A Colômbia a partir de hoje se abre para todo o mundo, de braços abertos. Somos construtores de liberdade, vida e humanidade".
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