Ex-deputado queria assegurar que um dos seus "comandados" assumisse a presidência da Câmara
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| © Reuters |
Eduardo Cunha é o responsável por encomendar o parecer interno da Câmara dos Deputados que veda a possibilidade de Rodrigo Maia (DEM-RJ) sonhar com a reeleição à presidência da Casa.
O ex-deputado foi preso, no dia 19 de outubro, acusado de receber propina de contrato de exploração de Petróleo no Benin, na África, e de usar contas na Suíça para lavar o dinheiro. Antes, porém, trabalhou como pôde para manter no comando da Casa um dos seus "comandados".
Segundo o colunista Mauricio Lima, da Veja, Cunha não admite perder poder nem quando deixa o poder.
O objetivo de Cunha era, primeiro, eleger Rogério Rosso para substituí-lo e, em 2017, o seu amigo Jovair Arantes concorrer à presidência da Câmara. Por isso mesmo, o ex-deputado se preocupou em encomendar à Chefia Jurídica da Mesa Diretora o parecer sobre a possibilidade de reeleição.
Com a resposta negativa, o caminho estaria livre para Jovair e o plano de Cunha de manter alguém próximo, chefia da Câmara, estaria assegurado. Mas Rodrigo Maia resolveu atrapalhar os planos dele e conseguiu assumir a Casa. Agora, ao mirar a permanência no posto, se depara com o parecer solicitado exatamente por Cunha.
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