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domingo, 21 de novembro de 2021

Pandemia: estudo relaciona falta de sono à alta da obesidade infantil

Se o indivíduo está dormindo menos, no caso das crianças e adolescentes, o organismo entende que é pouco e que a pessoa está em uma situação de stress

© Shutterstock


Segundo o médico Gustavo Moreira, pesquisador do Instituto do Sono, o aumento da obesidade entre crianças que dormem menos é o resultado de uma combinação de fatores. “Teoricamente, se você está acordado, está gastando mais energia, mas, na realidade, o tempo a mais que as pessoas passam acordadas, elas estão em frente a uma tela grande ou pequena, em atividades de pouco gasto energético, em mídia social, videogame, streaming, estudando. As pessoas estão fazendo menos exercício e têm uma oferta calórica maior entre os alimentos”, disse Moreira.

Outro fator é que, se o indivíduo está dormindo menos, no caso das crianças e adolescentes, o organismo entende que é pouco e que a pessoa está em uma situação de stress. “Temos dois hormônios que controlam nosso apetite: a lepitina, que é o hormônio da saciedade, e a grelina, que é o da fome. Quando durmo menos, produzo menos lepitina e mais grelina, ou seja, aumenta meu apetite, e a tendência é a de comer mais sem oportunidade de gasto”, explicou o médico.

Moreira lembrou que a pandemia contribuiu para o crescimento da obesidade porque alterou a rotina das crianças que, para ter uma vida saudável, precisam de uma alimentação balanceada, exercícios e gasto de energia. Porém, para evitar a contaminação pelo coronavírus, as crianças foram obrigadas a trocar as atividades ao ar livre por jogos no celular e as aulas no colégio pelo ensino remoto.

“Quando ficam muito tempo na frente das telas, as crianças comem várias vezes ao dia, principalmente bolachas, salgadinhos e doces. E a grande exposição às telas leva os pequenos a dormir mais tarde e acordar cedo”, afirmou o médico.

As recomendações dos especialistas para evitar a obesidade infantil incluem a manutenção de uma alimentação regular, com horários para todas as refeições da família; a preferência por alimentos naturais frente aos industrializados, como os enlatados e empacotados; e a observação da pirâmide alimentar, composta por oito grupos de alimentos essenciais para a saúde (carboidratos, verduras e legumes, frutas, leites e derivados, carnes e ovos, leguminosas e oleaginosas, óleos e gorduras e açúcares e doces).

É preciso ainda que os pais deem o exemplo, já que adultos que seguem uma dieta balanceada influenciam os filhos a se alimentar de forma saudável; estabelecendo uma rotina para a criança, com horários bem definidos para dormir, acordar, brincar e estudar; reduzir o tempo de tela e aumentar as atividades ao ar livre, levando os filhos para brincar em locais abertos.

A crise sanitária também afetou a qualidade do sono dos adultos. Segundo uma pesquisa do Instituto do Sono, entre os 1.600 participantes do levantamento, 75% atribuíram a piora do sono ao aumento das preocupações; 64% à permanência por mais tempo em frente a telas de computador, televisão e celular; e 54% ao fato de ficarem em casa de forma mais prolongada.

Ao abordar a qualidade de sono, o estudo revela que 67% dos participantes tiveram mais dificuldade para dormir; 61,6% passaram a dormir mais tarde; e 59% acordaram mais vezes durante a noite.

Via...Notícias ao Minuto  

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