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segunda-feira, 11 de julho de 2022

Rodrigo Garcia abre cofres e enfileira medidas de impacto eleitoral no Governo de SP

O movimento de Rodrigo é semelhante ao de Bolsonaro, que busca a reeleição e lida com desempenho abaixo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas pesquisas eleitorais.

© Roque de Sá/Agência Senado

(FOLHAPRESS) - Governador de São Paulo e candidato à reeleição, Rodrigo Garcia (PSDB) dá a partida em um Fusca, modelo antigo, mas bem conservado, e diz que aproveitou o "sabadão" para conferir se a redução da alíquota do ICMS alterou o preço da gasolina.

"Se os postos não reduzirem no mínimo R$ 0,48 [por litro], tem alguma coisa errada", afirmou Rodrigo, em um vídeo publicado nas suas redes sociais na última terça-feira (5).
Em desvantagem nas pesquisas, o tucano recorre a anúncios de medidas populistas para impulsionar sua campanha à reeleição.

Entre o final de maio e o início de julho, o governador reajustou o benefício do vale-gás, reduziu a alíquota do ICMS sobre a gasolina e o gás de cozinha e congelou o aumento de preços do pedágio –até então previsto para o dia 1º de julho.

O estado deixará de arrecadar R$ 4,4 bilhões apenas com a redução de 25% para 18% da alíquota do ICMS sobre o preço da gasolina. Somando todas essas medidas, o impacto é de R$ 5,7 bilhões para os cofres públicos.

Em nota à reportagem, o Governo de São Paulo diz que o impacto bilionário será contornado com verbas do superávit de R$ 41,9 bilhões.

"O valor é quase três vezes maior que a meta prevista na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2021 e que também permite reequilíbrio das finanças paulistas para 2023", diz a assessoria de imprensa.

São Paulo foi o primeiro estado a reduzir o imposto, no dia 27 de junho, quatro dias após o presidente Jair Bolsonaro (PL) sancionar lei que limita o ICMS para combustíveis, gás natural, energia elétrica, comunicações e transporte coletivo.

Cada uma dessas medidas foi anunciada com um vídeo postado nas redes sociais do governador. Nas peças, ele interage com populares e usa uma linguagem informal.

O movimento de Rodrigo é semelhante ao de Bolsonaro, que busca a reeleição e lida com desempenho abaixo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas pesquisas eleitorais.

A disputa pelo Palácio dos Bandeirantes se afunilou com a desistência do ex-governador Márcio França (PSB). Dados da última pesquisa do Datafolha, no final de junho, apontam que Fernando Haddad (PT) lidera com 34%, enquanto Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Rodrigo estão empatados com 13% cada um.

Para o cientista político Marco Antonio Carvalho Teixeira, da FGV, tais anúncios têm como parâmetro o calendário eleitoral e a necessidade de Rodrigo em ampliar a sua popularidade.

"Enquanto Rodrigo era vice, o governador João Doria chamava para si todos os holofotes. Agora, o Rodrigo está no encalço do Tarcísio, que depende de benefícios anunciados pelo governo federal", analisa Teixeira, professor de gestão e políticas públicas da FGV-Eaesp.

"A impressão é que a briga é pela segunda vaga. O Rodrigo está jogando na mesma moeda que o Bolsonaro nacionalmente. Entrou no jogo e quer ir para o segundo turno enfrentar o Haddad", completa Teixeira.

Em outra frente, Rodrigo fez acordo com o prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes (MDB), para adiar a discussão sobre o aumento na tarifa do transporte público, apesar da escalada nos preços do diesel e da manutenção da frota.

No modelo de integração entre ônibus, metrô e trem é quase impraticável alterar a tarifa de apenas um modal.

A prefeitura é quem administra a operação dos ônibus, enquanto o governo gerencia as linhas férreas. O último reajuste das tarifas de ônibus, metrô e trem ocorreu em janeiro de 2020 –quando foi de R$ 4,30 para R$ 4,40.

Antes da crise do coronavírus e da perda de usuários nos períodos de isolamento social, o transporte público já vivia uma crise de financiamento.

Segundo o SPUrbanus, sindicato das empresas que operam o serviço em São Paulo, são necessários R$ 10 bilhões para cobrir todos os gastos. Ao mesmo tempo, a arrecadação com a venda de passagens é de quase R$ 5 bilhões.

Nunes afirmou que, em abril, reajustaria a tarifa. Porém mudou o discurso em junho, após a greve de motoristas e cobradores que parou 675 linhas de ônibus.

"Conversei com o governador Rodrigo Garcia. Ele não vai aumentar o trem e o metrô, e a Prefeitura de São Paulo não fará aumento da tarifa neste ano", disse o prefeito, no último dia 30.

Para aliviar o caixa das empresas, Nunes prometeu subsídio acima de R$ 4 bilhões. No ano passado, o repasse foi de R$ 3,2 bilhões.

Já o Governo de São Paulo afirma que, para sustentar a operação dos transportes metropolitanos durante a pandemia da Covid-19, injetou R$ 1,6 bilhão em 2020 e mais de R$ 700 milhões em 2021.

Pacote de medidas bilionárias Reajuste do vale-gás, em 31 de maio

Aumento de R$ 10 nas parcelas bimestrais do vale-gás (R$ 110) Impacto de R$ 21 milhões ICMS dos combustíveis, em 27 de junho

Alíquota do imposto foi de 25% para 18%, e a expectativa do governo é que o preço do litro da gasolina tenha uma queda de R$ 0,48 Impacto de R$ 4,4 bilhões Congelamento dos pedágios, em 30 de junho

O governo anunciou que não haverá reajuste do pedágio, previsto para 1º de julho. O reajuste seria de 10,7% (IGP-M) a 11,7% (IPCA), dependendo do indexador do contrato de concessão. Impacto de R$ 500 milhões ICMS dos gás de cozinha, em 2 de julho

Com a alíquota de 18%, o preço médio do botijão de 13 quilos caiu R$ 3,38 Impacto de R$ 853 milhões

VIA...NOTÍCIAS AO MINUTO  

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