A descrição é compatível com um veneno usado para combater ratos, conhecido como chumbinho.
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Depois de passar quatro dias internado, Bruno conseguiu se recuperar. Ele está fazendo exames para ter certeza de que seu organismo voltou a funcionar normalmente. A defesa de Cíntia nega que a cliente tenham cometido crime, mas não quis falar sobre o laudo nesta quinta, 2.
O exame feito pelo IML não encontrou vestígios de veneno. Mas, segundo os peritos da Polícia Civil, isso seria improvável, porque no organismo a substância se degrada rapidamente dentro dos grânulos, que servem para armazená-la. A presença dos grânulos e os sintomas apresentados pela vítima são indícios de que Bruno foi envenenado com chumbinho, avalia a perícia.
Em 15 de maio, Bruno almoçou na casa que seu pai, Adeílson Cabral, dividia com Cintia. O rapaz passou mal após a refeição. Ele reclamou do gosto do feijão e identificou resquícios de uma substância azul. O adolescente se sentiu zonzo, ficou molhado de suor e logo não conseguia mais falar, enrolando a língua. Foi internado no Hospital Municipal Albert Schweitzer, em Realengo (zona oeste do Rio), e conseguiu se recuperar da intoxicação. Teve alta no dia 19.
Cintia foi presa no dia 20. Inicialmente ela afirmou à Polícia Civil que a substância azul detectada no feijão era um tempero pronto para alimentos. Depois, em depoimento oficial e acompanhado por advogado, manteve-se em silêncio.
Fernanda Carvalho Cabral morreu em março, após apresentar sintomas semelhantes aos do irmão e ser internada no mesmo hospital. Na ocasião, no entanto, ainda não havia suspeita de envenenamento, e não houve tratamento específico para isso. O corpo de Fernanda foi exumado em 26 de maio. Estão sendo feitos exames para tentar identificar sinais de envenenamento.
Consultado pela reportagem, o advogado Carlos Augusto Santos, que representa Cintia, afirmou que vai se manifestar sobre o laudo nesta sexta-feira, 3.
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