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terça-feira, 3 de maio de 2022

Trump incentivou polícia a disparar contra manifestantes, diz ex-secretário

"Você não pode simplesmente atirar neles? Só atirar na perna deles, ou algo assim?", disse Trump

Getty Images 


SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - O ex-secretário de Defesa dos Estados Unidos durante o governo de Donald Trump, Mark Esper, declarou em seu livro de memórias que o presidente à época do seu mandato incentivou que a polícia atirasse em manifestantes que estavam ao redor da Casa Branca após a morte de George Floyd.

Em maio de 2020, o policial branco Derek Chauvin foi filmado se ajoelhando sobre o pescoço de George Floyd, um homem negro de 46 anos, durante uma abordagem policial em Minneapolis (EUA). Chauvin foi condenado pela corte estadual a 22 e meio anos de prisão e outros policiais brancos que também presenciaram a ação e não ajudaram a vítima foram considerados culpados pela justiça.

Segundo os promotores do caso, Floyd foi asfixiado com o joelho de Chauvin durante 7 minutos e 46 segundos. A morte do homem virou alvo de protestos antirracistas e contra a violência policial em todo o mundo com os dizeres de #BlackLivesMatter (Vidas Negras Importam, em tradução livre).

"Você não pode simplesmente atirar neles? Só atirar na perna deles, ou algo assim?", disse Trump na época, segundo relato de Esper, em um trecho do seu livro de memórias "A Sacred Oath" ("Um juramento sagrado", em tradução livre). O trecho foi obtido e divulgado nesta segunda-feira pelo site de notícias Axios.

Na época dos protestos, a sede do governo dos Estados Unidos e seus entornos apagaram suas luzes e a polícia também jogou bombas de gás nos manifestantes. Donald Trump chegou a ser levado para um bunker.

Relato corrobora informações anteriores

O relato de Esper parece confirmar relatos anteriores de que Trump defendeu uma intervenção militar para reprimir a revolta social.

Um deles aparece no livro "Frankly, We Did Win This Election: The Inside Story of How Trump Lost" ("Francamente, ganhamos esta eleição: os bastidores da derrota de Trump", em tradução livre), publicado em 2021 pelo repórter de The Wall Street Journal Michael Bender.

Na obra, o jornalista já citava fontes, segundo as quais o então chefe do Estado-Maior Conjunto, general Mark Milley, teria tido uma discussão com Trump contra o uso das Forças Armadas, já que o presidente exigia uma resposta mais forte.

Segundo Bender, Trump afirmou: "Atire na perna deles - ou talvez no pé... mas seja duro com eles!".

A Polícia de Parques dos Estados Unidos e as tropas da Guarda Nacional usaram gás lacrimogêneo e granadas de efeito moral para dispersar os manifestantes do lado de fora da Casa Branca.
Na época, Esper declarou, publicamente, que se opunha a invocar a Lei da Insurreição, uma lei de 200 anos raramente usada e que permite que as tropas sejam ativamente mobilizadas no país. Sua postura teria enfurecido Trump, e o então secretário foi demitido em novembro de 2020.

O site Axios afirmou que o livro de Esper, que será lançado em 10 de maio, foi analisado pelo Pentágono e revisado por generais e membros do gabinete.

No livro, Esper descreve o clima "surreal" no círculo íntimo de Trump, com a ideia de tropas abrindo fogo contra americanos "pesando muito no ar".

"Tive que descobrir uma forma de fazer Trump recuar sem criar a bagunça que eu estava tentando evitar", escreveu ele em "A Sacred Oath".

VIA...NOTÍCIAS AO MINUTO    

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