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terça-feira, 3 de maio de 2022

Dólar tem sessão de ajuste após salto da véspera e é negociado a R$ 5,02

Após saltar 2,6% no primeiro pregão do mês, o dólar registrava queda de 0,94% frente ao real por volta das 11h10, cotado a R$ 5,024 para venda

© Shutterstock


SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Com a atenção dos investidores voltada para as decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos previstas para quarta-feira (4), o mercado opera em uma espécie de compasso de espera nesta terça (3).

Após saltar 2,6% no primeiro pregão do mês, o dólar registrava queda de 0,94% frente ao real por volta das 11h10, cotado a R$ 5,024 para venda.

Contribui para o movimento observado hoje a atuação do BC (Banco Central) no mercado de câmbio. Na manhã desta terça, o BC vendeu US$ 1 bilhão em um leilão extraordinário de 20 mil contratos de swap cambial tradicional. Todos os contratos ofertados foram vendidos, sendo 18.050 com vencimento em 1º de dezembro de 2022 e 1.950 para 3 de abril de 2023.

Essa foi a terceira atuação extraordinária da autoridade monetária nas últimas duas semanas em meio à disparada da moeda norte-americana frente ao real. Em 22 de abril, o BC vendeu US$ 571 milhões no mercado à vista de câmbio, quando o dólar havia subido 4,04%, e quatro dias depois, injetou mais US$ 500 milhões em leilão de 10 mil contratos de swap cambial depois de a divisa tocar a cotação de R$ 5.

Quando o BC oferta um contrato de swap, isso equivale a uma venda de dólares no mercado futuro. A autoridade monetária busca, dessa forma, assegurar que há oferta para atender a um aumento da procura pela moeda estrangeira. Com isso, tenta evitar que essa demanda eleve as cotações e acirre a volatilidade no câmbio.

"Acreditamos que a ação do BC será de eficácia limitada para conter a desvalorização do real, uma vez que se trata mais de uma tendência global de valorização do dólar", avaliam os analistas da XP, em relatório.

Já o índice acionário Ibovespa da Bolsa de Valores, que na véspera marcou desvalorização de 1,15%, operavam com ganhos modestos, em alta de 0,23%, aos 106.880 pontos.

Por aqui, os investidores também seguem na expectativa quanto às decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos.

A expectativa majoritária no mercado aponta para um aumento de 1 ponto percentual na taxa Selic ao final do encontro do Copom (Comitê de Política Monetária) do BC nesta quarta, para 12,75% ao ano.

Nos Estados Unidos, os agentes de mercado apostam em uma alta de 0,50 ponto percentual, levando a taxa básica de juros norte-americana para 1% ao ano.

No exterior, os principais índices acionários americanos operam sem uma clara tendência definida. O S&P 500 operava estável e o Dow Jones recuava 0,26%, enquanto o Nasdaq tinha ganhos de 0,15%.

Segundo Rachel de Sá, chefe de economia da Rico, assim como já tem sido observado ao longo das últimas semanas, preocupações relativas à inflação alta em escala global e o risco de desaceleração da economia trazido pela alta dos juros seguem pesando para o humor dos investidores.

"Essas discussões têm ofuscado a maior parte dos outros acontecimentos e dados. Esse foi o caso dos resultados de atividade econômica e contas públicas referentes a fevereiro divulgados nesta segunda, que mostraram leve alta da economia brasileira no mês (após forte queda em janeiro) e o risco fiscal de curtíssimo prazo perdendo força", diz a especialista.

Entre os destaques positivos da Bolsa brasileira no dia, os papéis da Localizava avançavam 3,5%, depois de a companhia ter reportado na noite passada um aumento de 7,3% no lucro líquido do primeiro trimestre, para R$ 517,4 milhões.

"A Localiza apresentou um resultado sólido, em linha com as expectativas de mercado, impactado principalmente pela depreciação da sua frota e dos preços dos carros novos, mas conseguindo crescer em quase 1 p.p. sua margem bruta no período, mostrando boa gestão dos seus ativos, mesmo em um cenário macroeconômico sensível", aponta Rodrigo Crespi, analista da Guide Investimentos.

Ainda na agenda doméstica, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou mais cedo dados da produção industrial, que teve variação positiva de 0,3% em março, na comparação com fevereiro.

O resultado veio próximo das projeções do mercado financeiro. Analistas consultados pela agência Bloomberg esperavam elevação de 0,2% na mediana.

"De maneira geral, os dados de produção industrial continuam ruins na esteira do nível de renda baixo e reforçam nosso cenário de PIB (Produto Interno Bruto) de 0,3% no acumulado de 2022", diz André Perfeito, economista-chefe da Necton.

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