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sexta-feira, 27 de maio de 2022

Morre Jacó Bittar, 81, fundador do PT e ex-prefeito de Campinas

Em nota, o ex-presidente Lula afirmou que Bittar foi "um dos grandes amigos" que teve na vida.

© Reprodução


MARCELO TOLEDO (FOLHAPRESS) - Ex-prefeito de Campinas e um dos fundadores do PT, Jacó Bittar, 81, morreu na madrugada desta quinta-feira (26), em sua casa. Ele tinha a doença de Parkinson.

Amigo do ex-presidente Lula, Bittar teve relevância histórica no partido, não só por ter sido um dos fundadores e primeiro prefeito eleito pelo PT para administrar Campinas, maior cidade do interior de São Paulo, mas pela luta sindical enquanto presidente do Sindicato dos Petroleiros de Campinas e Paulínia.

Depois de ter liderado uma greve da categoria em 1983 e ter atuado na fundação da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Bittar foi eleito em 1988 para governar Campinas entre 1989 e 1992. Atualmente ele estava filiado ao PSB.

Por meio de nota, o PT lamentou a morte de Bittar, a quem classificou como "amigo leal e companheiro de Lula", que o visitou recentemente em Campinas. Também segundo o partido, suas atuações nacional e internacional o colocaram no livro da história do movimento sindical no país.

"Jacó Bittar liderou com Lula e Olivio Dutra uma geração de jovens dirigentes sindicais que resistiram à ditadura militar e escreveram páginas decisivas na história da democracia brasileira."

Em nota, o ex-presidente Lula afirmou que Bittar foi "um dos grandes amigos" que teve na vida.

"Foram anos e anos de luta juntos por um país melhor e mais justo, e de uma convivência querida e carinhosa, uma grande amizade entre nossas famílias e filhos. Jacó deu uma contribuição imensa para os petroleiros, a classe trabalhadora, Campinas e o Brasil", disse.

Ele relembrou ainda que esteve com Bittar em maio deste ano, em agenda em Campinas. "Emocionei-me em ver meu amigo sem saber que seria pela última vez", escreveu.

Em entrevista à Folha de S.Paulo em 2019, o ex-presidente Lula disse que Bittar era seu amigo de 40 anos, ao se referir ao imbróglio envolvendo a questão do sítio de Atibaia, registrado em nome de Fernando Bittar, filho do ex-prefeito de Campinas.

Ao menos 20 políticos, autoridades estaduais e órgãos públicos de Campinas enviaram coroas de flores ao velório, incluindo a família de Lula. "Grande amigo e companheiro de sonhos e lutas, diz a homenagem do ex-presidente.

O PSB de Campinas, o ex-prefeito Jonas Donizette (PSB), prefeito de Diadema (SP), Filippi Junior (PT), Sindicato dos Petroleiros, fundado por Jacó, também enviaram coroas.

Dário Saadi (Republicanos), atual prefeito de Campinas, decretou luto oficial de três dias pela morte de Bittar, a quem classificou como um dos "principais personagens da política" campineira.

"Um dos mais destacados sindicalistas do país, Jacó foi marcante em várias conquistas para a classe sindicalista de Campinas e região. Também foi importante na fundação do Partido dos Trabalhadores. Na época em que foi prefeito, de 1989 a 1993, acabara de me formar em medicina e fazia residência em urologia no Hospital Mário Gatti e na Casa de Saúde", disse.

Petistas como o ex-senador Eduardo Suplicy, o ex-governador da Bahia Jaques Wagner e a presidente do partido, Gleisi Hoffmann, também lamentaram a morte de Bittar em publicações em redes sociais.

Pré-candidato ao governo paulista, Fernando Haddad (PT) disse no velório que Bittar era determinado e ousado e um líder que mudou a forma de fazer sindicalismo.

Questionado se essas duas características faltam ao partido hoje, Haddad disse que há "gente com as mesmas características hoje".

"Temos boas mentes pensantes e acredito que estamos no caminho certo", disse.

O ex-prefeito de Campinas Jonas Donizette (PSB), amigo do político, disse que, antes da saúde de Bittar piorar, ele já havia dito que não queria mais militar politicamente.

"Ele já estava muito cansado, o Parkinson já estava avançado. Ele tinha se mudado para São Vicente, mas a família o trouxe de volta para Campinas", disse.

Presidente do diretório municipal do PSB, o vice-prefeito de Campinas, Wanderley de Almeida, disse que Bittar foi personagem ativo nas lutas e transformações sociais do país e que conduziu o partido nas esferas municipal, estadual e nacional. "O legado de Jacó Bittar é imortal", afirmou.

O ex-presidente Lula chegou ao Cemitério da Saudade por volta das 15h30, acompanhado do pré-candidato à vice, Geraldo Alckmin, e do ex-governador de São Paulo Márcio França.

A presença de França não causa estranheza. Havia uma reunião prevista nesta quinta entre as lideranças do PT para discutir a possível desistência da pré-candidatura dele ao Palácio dos Bandeirantes, o que poderia abrir espaço para Haddad.

França comentou rapidamente que a reunião estava mantida, mas não deu nenhuma pista sobre se vai concorrer ao Senado ou se vai manter a pré-candidatura.

Lula ficou cerca de 15 minutos no velório e saiu logo depois que o caixão seguiu para o cemitério de Sousas, distrito de Campinas. O corpo de Jacó Bittar foi enterrado por volta das 16h30.

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