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domingo, 29 de maio de 2016

ONU: 700 migrantes morreram na semana passada no Mediterrâneo

"Nunca saberemos o número exato, nunca conheceremos sua identidade, mas os sobreviventes nos disseram que há mais de 500 mortos", disse no Twitter após a uma porta-voz da Acnur, Carlotta Sami.

Reuters
Cerca de 700 migrantes, incluindo 40 crianças, podem ter morrido na semana passada em naufrágios de embarcações na tentativa de cruzar da Líbia para a Itália, segundo depoimentos de sobreviventes coletados pelo Acnur (Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados) em relatório publicado neste domingo (29).

"Nunca saberemos o número exato, nunca conheceremos sua identidade, mas os sobreviventes nos disseram que há mais de 500 mortos", disse no Twitter após a tragédia de quinta-feira uma porta-voz da Acnur, Carlotta Sami.
Cerca de 14 mil pessoas foram resgatadas desde segunda-feira em meio a um mar calmo, e houve pelo menos três casos confirmados de barcos afundados. Mas o número de mortos só pode ser estimado com base nos testemunhos de sobreviventes, que ainda estão sendo coletados.
Cerca de cem pessoas foram declaradas desaparecidas na véspera em outro incidente e 45 corpos foram recuperados na sexta-feira em outro naufrágio, no qual também pode haver desaparecidos.
De acordo com os sobreviventes, o capitão sudanês de um dos barcos cortou a corda, que se rompeu e decapitou uma mulher. A segunda embarcação afundou rapidamente, levando consigo os que estavam presos no porão.
O sudanês foi preso ao chegar a Pozzalo junto a outros três supostos traficantes de pessoas, disseram os meios de comunicação italianos.
"Durante duas horas lutamos contra a água, mas foi inútil. O barco começou a inundar, e os que estavam no porão não tiveram sorte. Mulheres, homens, crianças, muitas crianças, ficaram presos, e se afogaram", contou uma menina nigeriana aos mediadores culturais, segundo o jornal "La Stampa".
O ministro do Interior italiano, Angelino Alfano, afirmou no sábado que a Europa precisa de "um acordo urgente com a Líbia e com os países africanos" para deter a crise.
Os traficantes de pessoas se aproveitam do caos que reina nos países do norte da África desde a queda de Muammar al-Gaddafi, em 2011.
O presidente do Parlamento Europeu, Martin Sculz, afirmou em uma entrevista ao jornal italiano neste domingo que a proposta italiana para um pacto da UE sobre migração, chamado Migration Compact, foi "a melhor proposta" para deter estas travessias de barcos e prevenir as mortes.
A Itália quer convencer os países da África a ajudarem a fechar as rotas migratórias à Europa e recuperar parte dos que chegam da Líbia, em troca de mais ajuda e investimento.
A Alemanha deixou claro, no entanto, que isso vai contra um dos pontos do plano da Itália, que é a criação de "eurobônus" para financiar o desenvolvimento dos países africanos. Com informações da Folhapress.

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